Agalmatofilia, Agalmatophilia


É o nome atribuído à filia de uma pessoa que possui um apego ou admiração por estátuas. O termo "agalma" (nominativo) deriva de "agalmatos" (genitivo), que, em grego, significa estátua. "Filia", do ponto de vista etimológico purista, significa amizade, embora o sentido de "filia" dado pelos não-gregos seja de amante. O amor "filia" é de amizade, o amor sexual é "eros", e amante é "erastes" ou "erasta". Portanto, quem tem desejo sexual desencadeado pela observação ou contato com estátuas, do ponto de vista etimológico purista, é um "Agalmatoerasta".

Apesar disso, o termo "filia" introduzido na literatura médica psiquiátrica por eruditos alemães (cujo idioma pátrio não faz distinções entre os diferentes tipos de amor claramente definidos no idioma grego), estando consagrado no meio médico psiquiátrico ou psicanalítico como parafilia, o que em grego seria "paraerastia".

Sendo assim, agalmatofilia é a parafilia desencadeada pela observação ou contato com estátuas. Os vocábulos "agalma", "agalmatos", "filos" e "erastes" constam no dicionário grego-português e português-grego do Prof. Perseu.

Complementando, é importante notar que a agalmatofilia pode manifestar-se de várias maneiras, desde a simples admiração estética até o desejo de interagir fisicamente com as estátuas. Em alguns casos, os indivíduos podem procurar a proximidade de museus, galerias de arte, ou mesmo criar suas próprias estátuas para satisfazer seus desejos. A condição, embora não seja amplamente discutida, pode ser vista como uma forma de fetiche, onde o objeto inanimado (a estátua) se torna o foco do desejo sexual.

A agalmatofilia pode ter suas raízes em experiências de infância, onde a pessoa pode ter desenvolvido uma conexão emocional com figuras inanimadas, como bonecos ou estátuas. Em casos extremos, a pessoa pode preferir estátuas a parceiros humanos, o que pode levar a isolamento social e problemas emocionais.

Para um diagnóstico, é essencial considerar o impacto da condição na vida diária da pessoa. Se a agalmatofilia não interfere com a capacidade de formar relacionamentos saudáveis ou com a funcionalidade social, pode ser vista como uma preferência sexual inofensiva. No entanto, se causar sofrimento ou problemas significativos, pode ser necessário buscar apoio psiquiátrico ou psicológico.

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