Parafilia

Parafilias são comportamentos classificados popularmente como Taras, Perversão ou Transtornos Sexuais.
Alguns dos principais comportamentos parafílicos

 
Esses comportamentos referem-se a interesses ou preferências sexuais atípicas que se desviam do que é considerado normativo. Entre os exemplos mais comuns estão fetichismo, voyeurismo e exibicionismo. No entanto, é essencial distinguir parafilias de comportamentos ilegais ou prejudiciais. Algumas, como a pedofilia, zoofilia e necrofilia, são criminalizadas devido aos danos que podem causar.


Teorias Psicológicas sobre Parafilias

Várias teorias psicológicas sustentam que algumas parafilias podem ser consideradas inofensivas, desde que não envolvam coerção, abuso ou violação dos direitos de terceiros. Algumas das mais relevantes são:

  • Teoria do Consentimento
    • Defende que atividades sexuais são aceitáveis quando baseadas no consentimento mútuo entre adultos conscientes.
    • Autor: David F. Greenberg
    • Obra: "The Construction of Homosexuality" (1988)

  • Teoria da Expressão Sexual
    • Sugere que as parafilias podem ser expressões saudáveis da sexualidade, enfatizando a aceitação da diversidade sexual.
    • Autor: John Money
    • Obra: "Lovemaps: Clinical Concepts of Sexual/Erotic Health and Pathology, Paraphilia, and Gender Transposition in Childhood, Adolescence, and Maturity" (1986)

  • Teoria do Controle
    • Argumenta que indivíduos podem aprender a controlar seus impulsos para não causar danos a si mesmos ou a outros.
    • Autor: Ray Blanchard
    • Obra: "The DSM Diagnostic Criteria for Pedophilia" (2010)

Parafilias e Diagnóstico Psiquiátrico

O debate sobre quais parafilias devem ser listadas em manuais de diagnóstico, como o Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais (DSM) ou a Classificação Internacional de Doenças (CID), ainda persiste.
 

Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais
O DSM-5 contém critérios diagnósticos para diversas condições de saúde mental, incluindo algumas parafilias. A classificação pode mudar conforme evoluem as perspectivas científicas e sociais.
 
 
As considerações sobre comportamento parafílico dependem das convenções sociais vigentes. O conceito de parafilia está em constante revisão, pois a ciência amplia continuamente as variações aceitáveis do comportamento sexual. Práticas como sexo oral, sexo anal e até mesmo a homossexualidade já foram consideradas parafílicas, mas atualmente são vistas como variações normais e aceitáveis da sexualidade.
 
Em 1973, a homossexualidade foi retirada do DSM como transtorno. No Brasil, em 1984, a Associação Brasileira de Psiquiatria também a reconheceu como parte natural da sexualidade humana..

Dessa forma, o próprio conceito de parafilia tende a ser revisto, impossibilitando a criação de um catálogo definitivo dessas práticas. O entendimento da sexualidade humana continua em evolução, e o que hoje é considerado uma parafilia pode, no futuro, ser visto de maneira diferente.
 
 
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